A segurança de dados é, hoje, uma das maiores preocupações das empresas inovadoras, que utilizam ferramentas digitais, oferecem canais online e, infelizmente, mantêm práticas que as colocam em situação de vulnerabilidade.
Quanto maior a participação da tecnologia em processos pessoais e empresariais, maiores as chances de ataques. Não à toa o Brasil ocupa, hoje, a 6ª posição entre os países com maior número de vazamento de dados, segundo a empresa de privacidade e segurança virtual Surfshark.
Entre os meses de janeiro e novembro de 2021 mais de 24 milhões de brasileiros tiveram informações vazadas online. E isso também ocorre com empresas, claro, desde organizações privadas como a Netflix, Uber, Facebook, LinkedIn, até instituições e autarquias públicas, como a Polícia Federal e o Ministério da Saúde.
O fato é que dificilmente as empresas conseguirão fugir dessas ameaças. Afinal, os golpistas também estão atualizados e cada vez mais inovadores. Por isso, tão importante quanto as barreiras de proteção e estratégias de segurança de dados é a manutenção e a atualização.
Quais são os maiores desafios na proteção de dados?
Como adiantamos acima, os desafios da proteção de dados estão ligados, principalmente, à profissionalização dos ataques cibernéticos. Golpistas parecem estar sempre um passo à frente das ferramentas e estratégias de segurança.
Acompanhar as inovações e as atualizações é uma missão realmente trabalhosa e complexa. Mas os desafios não ficam apenas por conta disso, e algumas práticas que parecem rotineiras e inofensivas talvez estejam aumentando a vulnerabilidade da sua empresa.
Uma delas é a inserção de senhas fracas, repetidas ou compartilhadas com muitas pessoas. Por mais prático que seja replicar códigos simples de memorizar, eles se tornam muito mais simples de serem descobertos.
Outro ponto muito sensível é o crescimento do home office e do trabalho híbrido. E isso por diversos motivos. Um deles, é a possibilidade de redes fracas utilizadas pelos colaboradores, assim como inserção de dispositivos físicos contaminados, como pendrives.
A falta de integração e de um conjunto de ferramentas de comunicação e colaboração que unifica estes processos também podem aumentar a vulnerabilidade das empresas. Afinal, essa polarização dificulta o controle, o monitoramento e a aplicação de estratégias de proteção de dados.
Por fim, as ameaças internas também fazem parte dos maiores desafios da proteção de dados. Um local que deveria ser seguro, pode ser um dos mais perigosos para as empresas.
Primeiro pelo desconhecimento dos colaboradores com medidas básicas de segurança da informação. Como clicar em links suspeitos, acessar sites inseguros, compartilhar links, documentos e ferramentas com estranhos etc.
Segundo é pela falta de ferramentas confiáveis e de uma cultura organizacional pautada na segurança.
Esse conjunto de desafios torna o processo de proteção de dados ainda mais complexo. E, infelizmente, as vulnerabilidades podem custar muito para as empresas. Confira abaixo!
Consequências e importância da segurança de dados empresariais
No cenário anterior à Lei Geral de Proteção de Dados, a proteção de dados já fazia parte do ranking de maiores preocupações das empresas mais inovadoras. Afinal, um ataque, vazamento de dados, interrupções e indisponibilidades já afetam a autoridade das empresas.
Além, claro, da experiência dos usuários, do potencial de competição e da imagem no mercado.
Com a criação da LGPD, em agosto de 2021, essas preocupações se mantiveram, mas foram somadas a outras com consequências ainda maiores. A lei visa regular o tratamento de dados em empresas privadas e públicas, desde a sua captura até o descarte.
A ideia é estabelecer diretrizes que garantam:
- Confidencialidade – Com acesso restrito a agentes autorizados, sem a divulgação ou o compartilhamento com terceiros;
- Integridade – Garantir que os dados não sejam alterados sem aviso, durante todo o processo de manipulação;
- Disponibilidade – Assegurar que dados e informações possam ser acessados por usuários autorizados sempre que solicitado;
- Autenticidade – Observar e garantir a identidade do autor das informações;
- Irretratabilidade – Impedir que o autor dos dados negue sua autoria;
- Conformidade – Seguir as diretrizes, regulamentações e leis de proteção de dados.
O descumprimento pode trazer uma série de consequências, como já mencionamos acima. As principais estão dispostas no Art. 52, dos incisos I ao VI, da Lei Geral de Proteção de dados:
“Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional:
I – advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;
II – multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração;
III – multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;
IV – publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência;
V – bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;
VI – eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração.”
Vale citar que o nível das penalidades é determinado pela Autoridade Nacional e pode variar de acordo com a gravidade da falha.
Como proteger dados empresariais: 5 estratégias para contornar os desafios da segurança da informação
Como adiantamos, a proteção de dados empresariais é completa e precisa fazer parte da cultura organizacional de todas as empresas. Somente com investimento, planejamento, capacitação e monitoramento frequente, é possível minimizar as chances de ataques e vazamentos.
Para facilitar a construção desta visão, selecionamos 5 estratégias indispensáveis para a proteção de dados.
1. Criptografia e outras barreiras de proteção
A criptografia, hoje, é uma das ferramentas mais básicas de proteção de dados. Todas as grandes empresas se preocupam em implantá-la para que usuários não autorizados vejam apenas informações indecifráveis. Isso vale para sistemas, sites, aplicações etc.
Além dela, outras barreiras como antivírus e frameworks de privacidade também devem ser incluídos para garantir a segurança de dados. Um lembrete: verifique se seus parceiros e fornecedores também utilizam essas ferramentas de proteção.
2. Invista em softwares originais
Essa talvez seja uma estratégia muito óbvia, mas muitas empresas escolhem sistemas paralelos como uma forma de baratear os custos de TI. Mas, como já vimos por aqui, isso pode ter o efeito contrário.
Afinal, softwares paralelos não carregam barreiras de segurança profissionais e, inclusive, são ótimos meios para que criminosos acessem seus equipamentos.
3. Atualizações frequentes
Como mencionamos, um dos maiores desafios da segurança de dados é acompanhar a evolução dos ataques cibernéticos. Para minimizá-los é fundamental que a empresa siga os protocolos de atualização das suas ferramentas.
Dessa forma, bugs e vulnerabilidades podem ser corrigidos frequentemente, assim como a inclusão de novas barreiras de seguranças e updates importantes para aumentar a proteção de dados.
Softwares e aplicações desatualizados são um ótimo alvo para ataques e vazamentos!
4. Capacitação e treinamento dos colaboradores a respeito de segurança de dados
Essa é uma estratégia extremamente importante, tanto no modelo híbrido, remoto, quanto no presencial. Afinal, as ameaças internas são algumas das principais aberturas para vulnerabilidades na proteção de dados.
Treinar o time para que operem respeitando as diretrizes da segurança da informação é uma das melhores maneiras de diminuir as ocorrências. O ideal é não apenas informar, mas treinar e estabelecer exercícios que devem ser cumpridos rotineiramente.
Desta forma, a segurança de dados fará parte do dia a dia e será lembrada em todas as atividades.
5. Invista em parceiros que compartilhem da mesma visão sobre segurança de dados!
Os fornecedores de sistemas, ferramentas, softwares e demais recursos tecnológicos precisam estar alinhados à sua cultura organizacional pautada na segurança de dados. Afinal, estes elementos farão parte da rotina da empresa e, se não estiverem protegidos adequadamente, podem trazer esses gargalos para a sua estrutura tecnológica.
Outro ponto é que parceiros sem essa preocupação também serão displicentes em relação a atualizações, suporte e correções.
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